31.1.12

2012

Eu fiquei ensaiando um post sobre 2011, mas acho que nem cabe mais, né? o que eu posso dizer é que 2011 foi o primeiro ano em que eu fiz metas e projetos de ano novo. Realizei todos. Então terminei o ano me sentindo super foda. Já fiz vários planos para 2012, mais audaciosos, confesso, mas, nenhum impossível.

Ontem um conhecido veio falar comigo no msn e eu perguntei como ele estava de 2012 e ele disse que estava muito 2011 ainda. Eu não estou. 2011 foi, definitivamente, embora.

Talvez seja o fato de eu ter passado a virada de ano em uma ilha, dentro de uma piscina, tomando uma chuva torrencial de verão e dando beijos ardentes. Talvez não.

Maldita Buclina.

8.12.11

Para que ninguém conclua que este blog (ou sua autora) foi dessa pra melhor, informo que estamos num período de profunda inatividade literária por motivos de força maior e acadêmica. Novas bobagens, digo, postagens, só depois de desse período. Prometo escrever algo no dia 29 de dezembro. Estarei de ressaca, mas tudo bem.

28.10.11

Perdoei muitas coisas. Consegui entender que a dificuldade dela era a minha. Que o medo dela era o meu. Que o que ela não podia prometer a mim eu também não podia prometer a ela. Que a culpa não foi só dela. Que se ela não quis se jogar, eu também não quis, do meu jeito. Que a mágoa era da vida, do amor, que chegou tão grande num momento tão impróprio, não dela. A mágoa não é dela. É de nós duas, duas atrapalhadas.


Ficou aquela dorzinha no fundo do coração sempre que eu lembro. Ficou uma amargura que eu ainda não sei bem onde colocar, mesmo depois de tanto tempo. Ficou um pé atrás com todo mundo que aparece. Ficou uma mágoa da vida, do amor, mas não dela.

Só sobrou uma mágoa dela. A única culpa que eu jogo nela é ter permitido que eu me apaixonasse por outra. Aquele espaço que ela abriu e que agora me faz pensar de olhos fechados em outra pessoa.

Por que você foi tão adulta e desejou que eu fosse feliz?

Isso não se faz.

1.10.11

"- O importante é o amor! Eu acredito no amor! Viva o amor!"


Eu não acredito em amor, mas é bom conviver com quem acredita.

<3

Das analogias

"O sistema se recuperou de um erro grave."


Ah, foi? É mesmo? Pobre sistema, não é? Posso ouvir todo mundo dizendo "É nisso que dá não usar Starter. Eu te avisei que ia dar em erro grave."

Pois fiquem todos vocês sabendo que o sistema se recuperou de um erro que ele mesmo causou. O sistema deveria assumir sua responsabilidade nisso e me pedir desculpa. Foi a minha vida que ele travou e fui eu que tive que reiniciar tudo, torcendo pra que nem tudo estivesse perdido.

O sistema pelo menos se recuperou. E eu, que nem isso? E eu, que continuo insistindo no erro grave sem saber quando vou me recuperar?

Ah, oops, desculpa a reação exagerada, Windows. Eu não tava mais falando de computador. She.
Tem uma coisa que eu invejo nas pessoas. Bom, tem muitas coisas que eu invejo nas pessoas. Tipo muito dinheiro e paciência com pessoas solitárias que falam comigo na rua.

Mas o que eu invejo mesmo é a capacidade que algumas pessoas têm que abrir o coraçãozinho. De não ter vergonha nenhuma de se mostrar vulnerável. A coragem de dizer pra alguém "eu gosto de você" sem ficar pensando em como a pessoa pode usar isso contra mim.

Invejo muito.

Eu tenho astigmatismo e miopia e não gosto de usar óculos, mas uso. Se você não tem astigmatismo ou miopia nem se importa em usar óculos, essa informação não significa nada. Se você é como eu, sentiu a dorzinha no coração que deve sentir sempre que compra lentes.


Lentes de contato para astigmatismo devem ser tóricas. Eu não tenho ideia do que sejam lentes tóricas. Só sei que elas têm um pontinho que as outras não têm e que elas custam o dobro do preço.

O DOBRO do preço.

Daí uns anos atrás eu bebi demais e no dia seguinte tinha que arrumar a mala pra viajar e só aí percebi que tinha perdido uma lente. PERDI uma lente.

Perdi uma lente tórica.

E foi aí que eu tomei uma decisão importante: lentes de contato agora só descartáveis. Se eu beber demais e perder de novo, o prejuízo é menor. E me conformei com os óculos.

Também me disseram que eu poderia simplesmente parar de beber, mas não consegui me conformar com essa informação.

Eu gosto de reclamar. Caso isso ainda não esteja claro, mas acho que está: eu gosto de reclamar e eu reclamo de tudo. I'm only happy when it rains. Quando as coisas dão certo eu me sinto desconfortável, eu não sei o que fazer, eu quero fugir, correr bem rápido até não estar mais aqui.


Eu gosto de reclamar. De verdade. Eu reclamo desde criança. É um talento, é um dom. Mais do que qualquer outra coisa que eu sei fazer. Das coisas que eu aprendi e das coisas que eu nasci sabendo, reclamar é a minha favorita e a que eu faço melhor.

Em reclamar eu sou campeã. Ninguém me vence.

Só que. Chega aquele momento em que eu quero reclamar porque não tenho uma coisa. Quero que o mundo exploda. Que vida injusta. Tenho tudo, só não tenho aquela coisinha que eu quero tanto. Nunca quis tanto uma coisa em toda a minha vida. Eu mereço isso. Eu quero ser feliz. Eu, eu, eu.

E parou. Chega, chega, chega.

Respira 1, 2, 3. Deixa o drama de lado.

De repente é hora de parar de achar que só pode ser de um jeito, que só tem uma fórmula pra isso. De repente é hora de parar de querer que seja do meu jeito.

Vou parar e (re)ver o destino fabuloso da Amélie Poulain (obrigada, Nádia Gonzaga, por me apresentar lá em meados de 2009...).

Quando finalmente acabou e você treme de pavor só de pensar em quando ainda não tinha acabado.


Ain...

Pavorpavorpavor.

Sabe como é, né?

Pavor.

Das pequenas obsessões

Estou convencida de que o cara do restaurante cobra mais caro de mim. Tenho passado a maior parte do meu tempo pensando nisso e pensando na armadilha que vou montar pra pegá-lo no flagra.


Pra você ver como minha vida anda animada...