30.7.08

"Naty, quando vai ter post novo?"
- Hoje. Olha que bonitinho: um post novo!
*
"Naty, que massada! Agora tu só escreve sobre amor..."
- É mentira, eu não escrevo NADA há duas semanas.
*
"Só porque o Flamengo perdeu a liderança tu ficou revoltadinha e não escreveu mais nem sobre futebol, neam?"
- Lá, lá, lá.... Eu tenho coisas mais (in)úteis para/com o que me revoltar. E o Flamengo só estar na vice-liderança porque teve um ótimo começo.
*
"Tá. Mas e aí? Tu vai voltar?"
- Vou! Vou! Vou! mas como são chatas... putz!
*
"Mas não vai escrever essas coisas de futebol, neam?"
- Não, não vai ser coisa de futebol (de fato, muito chatas).
*
*E como sempre tem alguém que chega depois e vem saltitando...*
*
"Aaaah, mas eu achava tão bonitas as coisas do coração! Tão lúcidas! Tão poéticas! Tão empolgantes! Melhor que muito romancista... praticamente um Caio Fernando Abreu da blogosfera e... "
- Certo, puxa-saco, as coisas do coração continuam. E agora eu também sou lida, juntamente com um bando de sem-juizo, por aqui, óh : http://ordinariedadesvirtuais.wordpress.com/

22.7.08

Insonia.

É só a chuva. Você diz enquanto o meu sonho escorre, escorre pela cama, vai rolando entre nossos corpos, lençol, meia-fora-do-pé - rola... rola... rola, até cair no tapete de mais cores, lá prá perto da tv.
Dorme, pequena! É a sua voz no meu pescoço e eu escuto com todos os poros, dilatados, pequenos ouvidos por todo o corpo, eu sinto a sua voz, vibra no meu pensamento. Dorme, pequena! Lá no meu coração é onde eu escuto e o seu timbre vai misturando com as minhas batidas, dentro de mim. Dorme que é só a chuva! Você diz enquanto eu vejo o meu sono plantando bananeiras ao lado do criado-mudo, mas eu também selo os lábios, dizer-lhe nada se apenas estremeço e penso que é quase para sempre sentir o calor do seu corpo no calor do meu corpo. Dorme, não escuto mas sei que fala; o roçar dos lábios nas minhas costas. Dorme que é só, só a chuva, sou eu que expiro sem sons, a língua quase grossa, e o meu sono lá, agora faz estrelas, corre da cama para o armário, do armário para a cama, o meu sono lá adiante e eu quase nem me mexo que é para você bem pensar que durmo, enquanto segura-já-soltando os meus dedos nos seus dedos, você me deixando, breve, um mergulho vertical, surdo, a cabeça rompendo e ganhando espaço nesse sono.mundo.universo que é só seu.

12.7.08

Os tais convites mudos.

Para ser lido ouvindo música do Cazuza interpretada pela Cássia Eller.

Eu quero a sorte de um amor tranquilo, adivinho a brasa do cigarro só pela respiração-pós-tragada, (e você respira por quem, meu amor?), com sabor de fruta mordida, seus lábios amaciam a filtro, ponta da língua umedece os lábios, seus olhos molham o céu que não se enxerga nessa janela para nenhum lugar (e você suspira por quem, meu amor?) e no meu quase sono no embalo.da.rede.seus.ruídos, vejo seus dedos que alisam as pernas, as mãos procuram a pele, pé, as mãos nas outras mãos, eu quase sei, cabeça afundando leve no travesseiro, (e eu espero pelo que, meu amor?), levantando, matando a sede na saliva, são meus os lábios que escorregam pelo seu rosto, estalos, bochecha, seus olhos molhando os meus olhos que quase não se enxerga nessa janela para nenhum lugar, simplesmente nós na batida da vida, matando a (minha) sede por (tua) saliva, quase um estalido da brasa cigarro filtro caindo no nada, só pelo saber das suas mãos na minha nuca (e você tem fome de quê, meu amor?), tu sendo pão, descasco peças, teu corpo é fruta, ri da brincadeira, e na luz que vem de nenhum lugar sei nos seus olhos molhando todo o amor que houver nessa vida.

A carta.

Veja bem, é você a razão e o porquê.
A que me compreendia desde sempre.
Você me faz tirar os sapatos, jogar tudo pro alto, sentir o chão, aprender a andar descalço num mundo de asfalto...
Por ti, assim mesmo compenetradinha, eu posso ser um maracujá azedo... ciúmes!
Ou uma amora docinha: convites mudos!
E eu vou dizer "amo você'' só pra ti agora.

Só pra ti: amo você!

7.7.08

Ao presente momento.

Sentimento frequentemente mais mágico.
Claro: comparações, melodramas, ciúmes, delírios, alívios. O que passou virou peça-de-museu. Tenho ojeriza por coisas histéricas!
Então, dentro de mim, nunca tive tão clara certeza de que ter alguém é literalmente plantar sem esforço brutal uma felicidade dentro de si sem se preocupar com os certamentes. Um convite mudo... voluptoso. Um consentimento... devaneio. Confesso que ambos me seduzem demasiadamente.Afinal, como Marisa e para Monte(s), eu pensava que não ia me apaixonar nunca mais na vida.
E quem disse que é paixão?!? Leia acima, baby, e veja: não falavamos de paixão. Falavamos de sentimento. Esse mesmo que tem me rendido um tanto de perguntas sobre, e que eu, de todo, não me importo em esclarecer.
Mas jamais assumiria se, como às minhas outras sensações publicadas, não fosse eu capaz de defendê-lo com unhas e dentes contra os lobos maus da boa-condutisse constituída e estéril.
Remexendo aqui (com alergia a pó) as dezenas de escritos com paixonite aguda e sem futuro nenhum (leia: construtivismo moral), sorri e tive ainda mais certeza das coisas que vislumbro.
Seja como for, com todas as suas irregularidades e muitas pretensões, "a minha estrada corre pro teu mar".
Trata-se de uma pessoa virtuosa, imediatamente agradável mas, obviamente, não falarei muito pois temo que alguém se interesse e daí, queridos, não estou a fim de concorrência.
Assim, o que se lê neste texto são as resposta de inúmeras indagações sobre o (meu) estado cívil escritas com urgência por alguém que não localizou a saída de emergência no paraíso (ou o que se supõe ser a morada do amor).
Com a publicação destes escritos fica também o registro de um leve e duradouro amor a partir de.
Quem sabe isso talvez possa interessar, além de mim mesma, a alguns anônimos?
Gostaria muito que sim.



Natyara Amorim.
(Natyara Amorim é pseudônimo)

5.7.08

Uma vontade enorme de gritar todas as manhãs:
Pessoas, vocês todas se fuderam, porque o melhor amor dentre todos os melhores amores do mundo já é MEU.
Rá.
:}

1.7.08

Então, vamos lá

Simplesmente retomarei, okay?
Não vou dizer o que porque da parada e do recesso. Não direi que estava fazendo seleção para graduação em Engenharia de Produção na Federal e nem que não passei. Também não direi que por isso estou quase indo habitar o universo dos livros-antigos-da-velha-estante-da-casa-da-vovó, nem que (me) acostumei tanto com os ares juazeirense que durmo antes de ver a ponte, que durmo antes de deixar essa cidadezinha acolhedora, que durmo solta no transporte carinhoso, porque enfim, assim o é.
Também não vou comentar que esse país é uma piada, que esse governo é uma piada e que, queridos, votando em um partido que em 2000 e oito ainda nivela a discussão em "mocinho X bandido", vocês esperavam o que? Isso mesmo, d.e.m.o.s (com vários sentidos), agora aguentemos.
Também não falarei de sentimentalidades. Dizer o que? Que conheci pessoas novas, que reconheci pessoas antigas, que ando com outras pessoas, que me fazem faltas outras tantas. Porque a vida é isso e nessa semana TUDO aconteceu e por isso eu não precisaria dizer nada, viu?!? Afinal, escrever no blog, pra que? Pra congelar instantes e situações? Não, obrigada. Prefiro fluxo livre, amnésia alcoolica e vamos ver o que há.
Afinal, felicidade aqui dentro.