21.8.08

Cicareli na tv.

Quem pode mais? Esse programa não é ruim.
De fato, é ruim...rs!
Mas faz parte da lista de programas bizarros que eu não posso parar para espiar, porque depois, simplesmente, não consigo mudar de canal. A obsessão de saber o que vem depois,no caso, não ligo a mínima para quem vai ganhar a tal batalha sobre quem sabe mais sobre o sexo oposto, o problema aqui é a Daniella e a voz da Daniella, que não parece pertencer a.
E isso me deixa louca. Perco horas (que exagero, Natyara, são minutos) criando milhares de teorias: ela nasceu com aquela voz? Ela chorava com aquela voz? Ela disse "papai" com o mesmo jeito que diz "oiii, platéééiaaaa"? Ou foi a plástica no nariz? Ain, não dá.
Fora que, agora não consigo olhar a bela sem não imaginar ela fazendo um barraco no casamento no castelinho. Para mim, uma cena muitissimo engraçada!!!
Porque, enfim, ela já fala de um jeito horroroso (algum defeito ela tinha que ter, antes que me acusem de 'recalque'), fico pensando... e braba? e louca? e bêbada?
Sei lá. Eu acho que a Cicareli é dublada.

17.8.08

Tá.

assim,
eu sinto inveja de pessoas que conseguem captar coisa ou outra da vida e logo mais, quando chegam no seu lar, assim que sentam na frente do pc, conseguem escrever sobre a coisa da vida captada - a mensagens que no primeiro segundo congelam.
Não sei ser cronista. Nem da minha vida, muito menos da vida de outra pessoa. Ou seria mais apropriado dizer que não sei ser cronista da vida dos outros, quanto mais da minha pouca vida? E não se trata de sentimento de inferioridade relacionado à minha vida, de jeito nenhum, que no mais das vezes é vidazinha, com bastante orgulho, diminuta.
Uma vez vi um chinês, ou um árabe, ou um indiano, ou um coreano, ou qualquer oriental (e vocês sabem, os orientais carregam anos luz de paciência que nós ocidentais tratamos de deixar pelo caminho entre uma vitória e outra dos continentes), bom, então esse oriental.muito.paciente era um artista que pintava na cabeça do alfinete. Na minúscula cabeça do alfinete fazia nascer um sol, fazia o sol mergulhar em um céu invertido que era anil, mas era azul do mar e por isso flutuavam peixes avermelhados enquanto no azul do outro lado um pássaro branco mergulhava no infinito.
Isso tudo na cabeça minúscula do alfinete, pois nada mais precisava, esse chines -ou coreano? - devia ter lido Clarice Lispector, porque pintava como se soubesse que cada traço existe com a precisão absoluta, porque o mundo criado no redondo da cabeça do alfinete, sem pressa nenhuma, não transbordava nenhum milimetro da cabeça do alfinete.
A minha vida é do tamanho do redondo da cabeça do alfinete, fazendo uma forcinha, pode ser que seja do tamanho mínimo da casinha do botão. E nela, as coisas geralmente acontecem na mais perfeita exatidão. Apenas, e só por isso me é impossível escrever a respeito, a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível.
Tá tudo bem.

12.8.08

Em tempos de Olimpíadas, meu orkut ficou verde.
*medo*

5.8.08

Um inventário outra vez [ir]remediável...

Eu conheci Caio F. pelas colunas no Estado de São Paulo. Colunas que eu li quase semanalmente durante toda a minha adolescência.
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Ler Caio, para mim, sempre foi ser uma descobridora de mim mesma, de coisas que estão tão profundas - porque são tão fundas nos que vivem - que se não fosse pelo estilo do texto passariam despercebidas. É o consumir de um enredo que troca pontos por vírgulas, que não dá importância à maísculas, que tropeça em travessões, quem empurra, que insiste. Apenas porque precisa viver.
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Jamais li um texto de Caio. Desde os Morangos Mofados [o primeiro que tive acesso], sempre os vivi. Por não saber, maybe, outro jeito de entrar no mundo de uma solidão que ao invés de deprimir instiga à descoberta de coisas desconhecidas. Das relações profundas e tocantes que nos fazem ter vontade de ter um amor sofrido-sofrido, para, quem sabe, vermos a delícia que existe no canto da lágrima, no raio de sol que reflete de uma lágrima.
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A história do Caio poderia ter sido pausada em 1996 com a sua morte. No entanto, paralela a vida-de-verdade, Caio-autor tratou de criar em seu projeto literário uma magnífica vida-de-ficção. Universo de personagens que se vislumbram com a con.tra.cul.tu.ra dos anos 70, penetram no vazio da abertura dos 80 e fazem vôos ra.san.tes, descobridores como a modernidade que escancarou as portas nas epidemias dos anos 90.
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E por culpa do Caio eu aprendi a ser mais doce.

1.8.08

Inveja mata e cega, dizem. Punheta demais também cega e deixa a mão peluda, dizem. Sim, refiro-me aos comentários anônimos. Mas antes, explicação: eu sei que os meus escritos não são uma coisa popular, que não nasceram "do povo para o povo". Não tem como não saber, nem esquecer, porque passam a vida com essa conversinha muito chata de que sou hermética e blá blá blá. Cada vez mais eu tenho certeza que isso é só a desculpa (e desculpa esfarrapada) que uns e outros leitores (?) ignorantes e pretensiosos encontraram para continuar ignorantes e pretensiosos. Muito bonito um blog ser "popular" e eu ter orgulho de o ter criado "para o povo", contra um grupo "ignorante e preconceituoso". Convenhamos que nem por isso meus leitores devam ser ignorantes. Explicação nunca é demais, muito menos quando é a história dos meus escritos. O lugar onde me leêm. Tá, mas afinal, Natyara, o que tu quer? Eu quero é dizer que vi nascer a hipocrisia. Comentários non sense que sempre tem como propósito fugir da alcunha das comentários irônicos e tentar trazer para cá um jeito ameno de torcer contra. Não para lamentar. Nem para nada. Apenas porque é foda ser mal amado.Isso não quer dizer, em nenhum momento, parentesco com minha felicidade. Isso só em primeiro lugar. Surpreendeu-me a festa de comentários sem dono hoje a noite. Não sabia que tantos leitores sondavam meu blog. Aliás, não sabia que liam mais as (minhas) coisas "chatas" do coração do que a coluna do Zeca no G1 (leia-se ironia). Sem demagogias, é claro que, vezenquando, todo mundo olha a vida de todo mundo. E que amores mal-resolvidos torcem para o desamor quando a outra parte se dá bem. Só começa a virar patologia quando a torcida, as ligações e os comentários anônimos persistem pela madrugada. Queria só lembrar a você que mês passado eu acabei por mudar completamente meu destino. Lembrar, porque a impressão é de que já esqueceram. Continuamos no tempo de que vale muito mais uma relação perdida por mim do que uma conquista pessoal. Não sei se isso acontece por um velho costume. Independente do motivo, talvez você devesse mandar o teu 'amor' embora e usar o seu salário para pagar umas sessões de terapias de grupo e se conscientizar de que eu encontrei alguém que nem sabia que estava a procurar e agora pode até, quem sabe, começar a dar mais valor para si mesmo do que para mim. Sabe como é, trabalhar a auto-estima. Pode ser muito complicado quando sua auto-estima sofre mais de um ano, mas o primeiro passo para a cura é reconhecer: quem goza mais vendo a foda alheia do que com a própria, sofre de sérios problemas.

Essas pedras.

Pessoas em lugares-comum não perceberam que hoje por meia, ou quem sabe uma, ou duas horas, o dia não foi um só.
Aqueles olhos castanho tocantes a me olhar... por mais 20 (e três) dias.
Pois que as mãos trocarão de lugar com os pés. E num sem querer, num saber de não saber como, num agradar afoito, é que vezenquando eu sou assim feito criança, baby. Quando as minhas mãos trocarem de lugar com os pés, porque são mãos tímidas, e mãos tímidas se calam não deixando perceber que no fundo desejam guardar entre elas as mãos que são tuas.