27.11.08

Diálogo II

Livraria Officium, River Shoping.
Duas vendedoras e eu.
Naty: Oi. Tem algum livro do Caio Fernando Abreu?
Vendedora 1: Huum... queeeeeeeeeeeeeeem?
Naty: Caio Fernando Abreu.
Vendedora 2: Gótico, né?
Naty: Ãh? Gótico...? rs
Vendedora 1: Não tem! Mas diz um título que eu procuro aqui...
Naty: Ovelhas Negras.
Vendedora 1: [virando-se para a vendedora 2] kkkkkkkkkkkkkkk... menina, aqui tem um monte, né?
Naty: ...
Vendedora 1: Desculpa... não tem.
Naty: Procura "Morango Mofados"...
Vendedora 2: [digitando] M-o-r-a-n-g-o-s...
Vendedora 1: Ahh, não coloca o título todo... digita apenas "morangos mor..."
Naty: Ãh? Não é MORFADOS, é MO-FA-DOS... de "mofo", sabe? Esquece, eu volto depois...

Diálogo I

Petrolina, tarde de domingo, saguão de hotel:

Naty: Boa tarde, o café não funciona nesse horário?
Recepcionista: Sorry, the coffeshop is closed. It´s open from 8am to 16pm. You can use the services of the bar and the restaurant next here.
Naty:
... Ok, thank you.

21.11.08

Coisas tantas sobre o novo trabalho da Marisa me encantam e você pode encantar-se também, é só dá um pulinho aqui.
De resto, sabe duma coisa que eu aprendi? O segredo do belo está aqui, óh. Na sua cuca, no seu olho que realmente vê, dentro de você. Se você souber olhar as coisas dum jeito mágico, tudo fica mais bonito. E eu tenho um amor e a luz dele é muito clara. Tenho abraçado a minha "loucura", porque ela é doce e une todas as coisas.
Até.

18.11.08

Eu não quis.

Nos post anteriores, por causa da pressa com que os escrevi e pela falta de tempo que tive para postá-los, acabei sacrificando informação em um e esquecendo, total demente, algo bem importante em outro.
Do primeiro: O orgulho de ver que ela sim, une todas as coisas.
Do segundo: Tá certo que sou péssima em auto-promoção. Mas daí esquecer de dizer que domingo também vou ler um conto lá na Mostra Cultural já beira a loucura.
Pra eu não ficar com muita vergonha, apareçam lá logo depois do almoço pra pegar a supresa (vai valer a pena).

16.11.08

Hoje à tarde eu saí de mim e caminhei pelo destino
O peito apertado e eu sabia o porquê...
Saudades, saudades, saudades... eu agora vou morrer de saudade
A partir desse momento, sentirei muita saudade
E será que a minha saudade chamará a sua?!
Saudade de sonhar ou saudade de viver ?
Saudade sua ou saudade de você ?
é... saudade!!!

"E querooooooooooo que vocêêee venha comigoo... todo dia, todo dia!"

14.11.08

Deve tá se achando a calcinha da Madona, no mínimo!
Pfffffffffffffffffffffffffffff...
Ainmeujuseuscristinho!

11.11.08

Sorte de hoje: O coração é mais sábio do que a razão.

A loucura da sorte.do.dia, para mim, está no fato de considerar o coração algo à priori, dizendo que ele é mais sábio que a razão. Pelo lado morfológico da frase, poderia haver certo nexo.
Por certo, o "sábio" é aquele que discerne baseado em sua vivência, em sua experiência de vida. Coisas que acabam conectadas com o sentimento. Ou com o feeling, para os mais modernosos. Sábio, tem como raíz sapidus, que em latim significa "que tem sabor", "saboroso". Origem primária essa, mas se levarmos em conta a gênese da palavra, e como disse Barthes, a energia flutuante palavra, esta primeira significação é substâncial. Então, o coraçãozinho seria aquele que tem sabor. De fato. As escolhas do coração tendem ao saboroso anseio das "escolhas corretas".
Farei o que meu coração mandar, é praticamente o mesmo que "Deus me ajude". Ou seja, que essa resolução seja boa.ótima.favorável e traga luz.paz.amor.serenidade. A escolha pelo coração poderia ser (e aqui o delírio terá seu auge, desculpem-me) uma escolha platônica por excelência. Pós Platão, outro cara falou de escolhas. Esse cara se chamava Aristóteles e era um bom sujeito.
Para Aristóteles as escolhas não dependem de algo intuitivo, ou seja, condena-se de vez o Deus Ex-Machina e as emergenciais saídas pela tangente. Aquilo que existe é porque, de certa forma, o homem sempre soube que existiu. A pré-consciência está lá, entretanto, está no homem e não em algo fora dele. Não precisamos ser muitos espertinhos para supor que Aristóteles não acreditava nessa coisa do coração.que.sabe.
Pois prá que serve um coração se temos a razão? Razão. Do latim ratio, na sua mais remota origem significa cálculo, conta, registro; som; medida, proporção; interesse, empenho; causa; disposição, projeto; método, modo de fazer; sistema; doutrina; inteligência, siso etc. Mas isso tudo, que está no Houaiss, pode ser reduzido a uma sentença simples: razão é o fazer baseado em pré-conhecimento. Okay. Postos os conceitos, lá vamos nós de volta ao oráculo: "O coração é mais sábio do que a razão." Tá. O coração é sentimento, sentimento está ligado a percepção, que em pessoas com muita vivência viram sabedoria. Então, a frase estaria correta. O coração, baseado no presuposto que está calcado no conhecimento exterior (o nosso "que.Deus.quiser") é mais sábio que a razão, pois ela só consegue discernir em base de pré-conhecimento reconhecido por concretude. Acontece que (não, o orkut não me ganhou). A sorte do dia não faz a menor idéia de morfologia. Até porque é apenas uma tradução porca do inglês.
O significado semântico da frase é: "o coração é mais esperto, conhece mais e por isso tem mais condições de discernir sobre a vida que a razão, uma coisa tão fria". Mentira. O coração não tem condição de escolher nada melhor que a razão, pois como vimos, ele está baseado em um conhecimento exterior, naquilo que não é realidade para o homem racional (talvez a merda esteja aí, colocar as duas coisas na mesma sentença). O coração só poderia discernir sobre os atos no mundo platônico. Entretanto, vivemos em mundo abundantemente Aristotélico (e não falo de arte ou ideologias pseudo-adolescentes, falo de vida.de.todo.dia., porque idealismo é bonitinho em livro). A razão, logo, vence. As escolhas corretas (correto e não "melhor que") são aquelas baseadas em pré-conhecimento, o que me faz capaz de julgar a opção menos duvidosa.
Mas tá. E na prática? Antes que me chamem de chata.de.coração.de.gelo: Na prática, vivemos para negar o triunfo aristotélico e tentar alcançar as tais metades das laranjas de Platão. Até porque, em sonho tudo é mais divertido.

7.11.08

Ontem à noite, procurando o João Ubaldo Ribeiro entre o meu mar de escritos, encontrei o culpado... a primeira edição do jornal (?) ainda nos tempos do CEFET. Putz!
Sabem aquela escrita afiada e desconstruída?
O post seguinte vem com o editorial (juro que não vou modificar uma vírgula, rs) e todos serão testemunha do quanto eu melhorei.
De resto, ri muito... muito, eu disse.
Hoje em dia a economia da sintaxe como poética, que termina por revelar o brilho de dor que ainda existe na ferida predomina.
O fato é que eu juro que melhorei. Pois é.