30.12.08

O último.

De todas as possibilidades possíveis, a mais mais bonita é do amor.
Feliz Amor em 2009!

29.12.08

Vinte e nove de dezembro de dois mil e oito.

28.12.08

Por um único dia em dezembro.

Então tá.
Daqui a menos de um dia, daqui a 12 horas, na segunda-feira e vai ser dia vinte e nove, engraçado que por vinte e um anos esperei anciosa dezembro e o vigéssimo nono dia de dezembro. Engraçado e de uma hora pra outra que desde o ano passado eu não quero, não curto, não faço a menor questão de. Pensei ser a crise dos quase-trinta, acho que tá cedo. Pensei ser a crise do puta-merda-cresci. Mas nem tanto. Não sei se é crise, falta de laço, angústia, desdém, frustração, euforía, medo, saco-cheio. Só sei que de uma hora para outra fazer aniversário virou uma massada.
Ou simplesmente, falta-me paciência para as obrigações sociais de cumprir anos, porque ainda gosto de receber carinho, um telefonema, um presente bobo, um sorriso.
Gosto, mas não me peçam por festas, comemorações. O máximo que poderei fazer é beber. Como alguns bebem os seus mortos, talvez eu beba pelo ano que já era. E se o bom humor fizer passada, possa fumar um cigarro pelo ano que vem atropelando e parindo a fórceps algumas sutilezas.
Anyway, mesmo com quase vinte e três não passo de uma menina. E uma menina mimada, que faz beiço quando alguém cai em esquecimento e sorri sem-covinhas quando distribui os mimos pela cama.
Em um nada para fazer, montei uma listinha. Daquilo que daqui a algumas horas poderia me fazer feliz.
*
Os vindouros da LP&M Pocket
400. Dom Quixote (livro primeiro) - Miguel de Cervantes 23,00
401. Dom Quixote (livro segundo) - Miguel de Cervantes 23,00
378. Alice no país do espelho - de Lewis Carroll
297. Poesia de Florbela Espanca - Florbela Espanca (vol 1)
300. O vermelho e o negro - Stendhal
350. Hora dos assassinos, a - Henry Miller
351. Flush - Memórias de um cão - Virginia Woolf
242. A metamorfose - Franz Kafka
257. Viva o Alegrete - Sergio Faraco
278. Elogio da Loucura - Erasmo
286. A galinha degolada - Horácio Quiroga
191. O Cortejo do Divino - Nélida Piñon
195. Besame Mucho - Mário Prata
195. Tuareg - Alberto Vazquez-Figueroa 201. O Nariz - Gogol
202. O Capote - Gogol
212. Homem do Princípio ao Fim - Millôr Fernandes
216. Confissões de um comedor de Ópio - Thomaz de Quincey
127. O penitente - Isaac Bashevis Singer
134. O jogador - Feódor Dostoiévski
137. Dançar tango em Porto Alegre - Sergio Faraco
145. Inimigos, uma história de amor - Isaac B. Singer
9. O Fim de Montezuma - Hernan Cortez
16. A Morte de Ivan Ilitch - L.Tolstoi
30. A Mensageira das Violetas - Sonetos - Florbela Espanca
91. Paraísos artificiais - Charles Baudelaire
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Pretensionismo também faz bem:
Vozes do Golpe - 4 vol - Luis Fernando Verissimo, Zuenir Ventura, Carlos Heitor Cony e Moacyr Scliar
Breves entrevistas com homens hediondos - David Foster Wallace
Contos de Horros do Século XIX - Org. Alberto Manguel
64 contos de Rubem Fonseca - Rubem Fonseca
Os lados do círculo - Amilcar Bettega Barbosa
47 contos de Isaac Bashevis Singer - Org. Jose Rubens Siqueira
Os cem MENORES contos brasileiros do século
Pedras de Calcutá - Caio Fernando Abreu
Antologia - Meus contos preferidos - Lygia Fagundes Telles
Antologia - Meus contos esquecidos - Lygia Fagundes Telles
Laranja macênica - Anthony Burgess
Os cem MELHORES contos brasileiros do século
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Bons, bonitos e baratos:
Dentro do olho dentro - Altair Martins
Como se moesse ferro - Altair Martins
Divertimento - Julio Cortazar
O Reis - Julio Cortazar
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P.S.: Se alguém sentiu falta de A Menina Que Roubava Livros, eu já comprei, tá?!

25.12.08

Sol em capricórnio,ascendente em áries - Quem persiste, sempre alcança!

Determinação, eficiência, ambição. Estas são as marcas registradas da combinação da persistência saturnina com a energia e boa disposição de Marte em seu mapa, Natyara. Quando uma pessoa como você enfia algo na cabeça, não adianta nem Cristo descer da cruz: você vai lá e faz, com uma confiança quase infantil de que tudo dará certo no final.
Só precisa tomar cuidado e saber se dar limites, pois excesso de ambição pode causar algum estrago social, e as pessoas podem interpretar erroneamente o seu desejo de ser alguém na vida com o comportamento de um alpinista social. De todo modo, tenderá a ocupar cargos de poder e confiança durante sua existência, por um talento natural para situações de poder. Neste caso há também uma contradição entre a prudência capricorniana e o destemor ariano.
Na superfície, sua personalidade é do tipo que se atira, que vai mesmo, natural de uma pessoa arrojada e confiante. Intimamente, Capricórnio fica martelando dentro de você: "vá mais devagar... tome cuidado... você está se expondo muito...". Com o tempo, você aprende a conciliar estes dois lados. Fogo e Terra se combinam, criando um trator em sua alma, Natyara. Pode, entretanto, derrubar algumas pessoas no caminho, se não cultivar a atenção. Cuidado, portanto, pois pessoas que se sentem feridas podem não esquecer o que você inadvertidamente fez a elas.
Mais do que atingir os objetivos, é preciso aprender a manter aquilo que se conquistou. Há um quê de "insaciabilidade" nesta combinação, e você terá que se perguntar várias vezes se você não tem exatamente aquilo que deseja. Muitas vezes, Natyara, ficamos traçando planos e objetivos, quando na verdade já temos aquilo que queremos. E como você tenderá a fazer sucesso relativamente cedo, precisa aprender a administrar este sucesso, pois nem sempre - quando se é jovem - sabe-se lidar com vitórias. Às vezes é mais fácil lidar com fracassos!

23.12.08

Então, é Natal.

Rendo-me, pois, às festividades.
Pessoas, vocês todas, sejam muito felizes neste Natal e no ano que está para nascer.

22.12.08

Meme's.

Quem me mandou foi a Marília, minha sócia.
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As regras são as seguintes:
1. Linkar a pessoa que te indicou.
2. Escrever as regras do meme em seu blog.
3. Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
4. Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
5. Deixe a pessoa saber que você o indicou, deixando um comentário para ela.
6. Deixe os indicados saberem quando você publicar seu post.
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As seis coisas sobre mim:
1. Quente e letrista.
2. Viciada e compulsiva por livros e música. Marisa Monte é a melhor.
3. Piadas internas dominarão o mundo. Sim, eu sou hermética.
4. Sorte de hoje: Você é generoso, hospitaleiro, alegre e querido.
5. Adoro provocar surtos coletivos, rs.
6. “Outro tempo começou para mim agora”.
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Escolhidos a dedo:
.
Vocês só têm que...
-Passar para 5 pessoas.
-Assim que responder, me enviar um comentário avisando.
-Não esquecer que é um meme feito pelo Assuntos Assim, direitos totalmente reservados.
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1-A última pessoa com quem falou hoje: Minha vó.
2-A última coisa que falou: “Mãe, eu nasci às 12h30?”
3-O último pensamento: Vem, delícia!
4-A última pessoa que se reconciliou: Geizinha.
5-A última pessoa com quem brigou: Não me recordo.
6-A última pessoa que falou de Deus pra você: Numa mesa de bar... sobre o tema, conversamos Nana, Mai, Mara e eu.
7-O último lugar que você gostaria de estar: A pergunta não está muito clara. Seria a cidade que eu gostaria de estar pela última vez ou numa lista de lugares, a que eu listaria por último? Enfim... o lugar bom de se estar é ao lado de alguém que ainda é demasiadamente especial.
8-O último filme que assistiu: Procurando Nemo (de novo!)
9-O último livro que leu ou que está lendo: Li, simultaneamente, Budapeste (do Chico) e O Caçador de Pipas (Kalen H.).
10- O último presente que ganhou: DVD novo da Marisa (Mara, te amo! rs)
11- A última coisa que gostaria de estar fazendo: Exercitando o nada.
12-O ultimo telefonema feito ou atendido no seu celular ou telefone: Tania. Alguns deliciosos minutos...
13-O último conselho que deu e pra quem deu: Ontem. Na verdade, foi um “se fosse eu... faria assim...”. Para a Mai.
14- A última vez que chorou e por que: Quarta-feira. Porque eu ainda não consigo saber quando foi que comecei a perder uma certa pessoa.
15-O que faria hoje se fosse seu último dia de vida?: Ocuparia-me do que é, não do que será.

17.12.08

Azul. Vento norte, nordeste. Areia agarrada à canela, as pernas, aos joelhos. Conto os sinais enquanto coloco os besouros para dormir. Música da vez, de outra vez. Tantas que. Estrangeiros, estranhos, cariños. Desenõ na palma da mão, a língua está amarrada por uma vontade de estar. O meu querer bem, disperso em um céu laranja, finito em fim de tarde, fim do dia, fim da vida, no fim. Leio três cartas, dou-me por vencida, obscuro que é, molho a roseira, os botões em sorriem, um espinho verte meu dedo em sangue em um deboche por cuidado dispensado. Sou duas. Sou uma. Invado duas ou três estações perdidas, recrio algum clima esquisito, digo que isso é bobagem. Mentira tudo isso, querida. Mentira. De cara lavada escovo os dentes com uma pasta de anis. Te prometo o beijo que um dia te dei, rezo pela partida de uns tantos, risco três ou quatro palitos de fósforo. Faço um café, desistência e tomo um chá de laranjeira com capim cidró. A língua no céu da boca, amarrada pela vontade de.

14.12.08

Assusto-me em saber que as pessoas são capazes de mudar de forma tão rápida que passam a ser meras desconhecidas. Assusto também com a falta de respeito e consideração do ser humano e em como só ele é capaz de humilhar, de jogar na cara, de descarregar uma arma na cabeça de alguém não porque uma bala só não mata, porque a repetição da morte pode causar prazer.
É assustador também como não existe limite, como os valores são subvertidos, como ter ética, moral, caráter pode ser confundido com babaquice, fraqueza, estupidez, ou a pior desculpa de todas: a falta de compreensão dos sentimentos alheios.
Canso com o medo das pessoas de falarem a verdade, com a fraqueza na hora de ser sincero, com os meios idiotas que alguns usam para passar despercebidos. Meios falados enjoados e canso mais ainda com disfarces gráficos para a falta de vergonha na cara. Cuspo na cara de quem se acha espertinho, de quem ri da cara dos outros, de quem se acha bom por ser mesquinho e pisar em quem nunca lhe fez nada. Cuspo também em quem pisa, mesmo em quem fez alguma coisa, mas pisa com sandália de diamante pensando que vai machucar menos.
Torço para que se foda quem acha que pode enganar por muito tempo, quem acha que é inesquecível ou irresistível, que pode hipnotizar ou consquistar por força de veneno, maldizeres teia de cetim. Aliás, recuso qualquer tipo de teia, porque quem muito se encanta com a força da aranha, esquece que ela não ganha por nenhum mérito a não ser o poder de paralizar e tornar a vítima incapaz de agir por si mesma. mas que explodam as aranhas, porque são burras e esquecem que quem ganha sempre é a cobra.
Enfim, me sobram poucos, mas aos poucos que sobram serei eternamente grata.

10.12.08

Ontem assisti, pela vigésima nona vez, o novo trabalho da Marisa. Acho cada pedaço daquele universo fascinante. Mas o que me chamou mais atenção foi o fato do meu infinito ser quase tão misterioso quanto o dela. Tenho uma dificuldade horrenda de parar de vê-lo, e somente neste determinado dvd. O resultado não são apenas o esquecimento do resto do infinito particular, mas o dar de ombros ao universo ao meu redor. Das coisas que realmente devem ser lembradas, em honra da sobrevivência de todos os fãs, não me assusto. Afinal, é para isso que Marisa trabalha (aos) Monte(s) . Temerário são intervalos entre um trabalho e outro. Aqueles em que a gente conta cada segundinho pra que chegue logo. Para carnavalizar. Para o infinito particular. Para o que não é proibido. Ou para aquilo que possa parecer, não consigo parar de me vislumbrar... é Marisa (removendo) Monte (s) e “Eu também faço parte do Fã Clube Marisa e Cia”.

7.12.08

De noite o silêncio nos aquece e ele é sólido. Um tanto de luz encontra espaço entre as linhas da persiana invisível, uma luz breve que não é demasiada luz, o oposto do muito escuro. A melhor hora de acordar é qualquer hora em que seja possível lhe ver. Imagio assim que abro os olhos e a luz que se espreme pelas frestas da persiana invsível esboça seu perfil no quarto que está totalmente escuro ainda que haja alguma luz brilhando do lado de fora. É uma claridade que pousa sobre você, é uma claridade que pousa sobre a claridade dos seus cabelos que parecem mais claros quando a pouca luz reflete sobre a mexa que lhe parte o rosto em dois. Você tem o rosto partido por uma mecha de cabelo que não é muito escuro porque nessa hora da madrugada alguma lâmpada continua acessa na rua, e essa mexa parte seus lábios. Você é a mulher de lábios partidos por fios que parecem negros no quarto um pouco claro. Beijo seus lábios partidos com meus lábios de vontade, beijo seus lábios partidos com meus lábios de vontade porque na madrugada o silêncio nos aquece e é sólido. Para não lhe acordar, beijo-lhe com meus lábios de vontade, fazendo parte da madrugada e do silêncio e por isso penso que de certa forma também lhe aqueço e também lhe sou sólida. Porque ao meu lado você é a mulher de pele clara como uma luz breve que não é muita luz, mas é o inverso do que é escuro.

4.12.08

P.S. do P.S. do P.S.

Eu já contei a parte que ganhei o dvd-show-documentário-duplo-da-melhor-cantora-do-país?
Não?
Ah, tá.
Mas eu ganhei.
E agora eu .p.r.e.c.i.s.o. marcar a gigantesca com a Mara só pra estalar um beijo de "muitíssimo obrigada!", eu amei. Muito.

Quinta depois sexta.

Quinta.
*
Não chega a ser estranhamento, é quase como se. Atravesso a avenida, ganho a São Tiago Maior, chegando na orla e é como se tivesse feito o mesmo trajeto não fizesse nem dois, três dias. A sensação de ontem, a linha do horizonte converge em direção ao paraíso, as antenas se reproduzem na simetria das janelas. Desci a praça, sentido jardins, contando as quadras para não perder a manhã atropelada pela tarde que baixou como um espanto. Quase uma brisa, encontrei um táxi antes de pensar em chamar um. A cidade disponível como um pequeno milagre. Na rua, a reprodução das coisas em todas as suas diferenças. Encontrei com a Leila , que apresentou pessoas do bem. Conversas e o álcool e o gosto se multiplicando. Cidade caleidoscópica.
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Nos separamos por uma das esquinas. Subi a mesma rua, eterna, para chegar a lugar algum. Incrível o tanto que se pode andar pelo labirinto paulista. Voltei. Sempre a mesma coisa, é um risco pedir informação em uma cidade em que a maioria das pessoas não faz idéia onde as coisas ficam. Então olhei para a bussóla e, com o nome da rua, peguei um táxi.
Quinta-feira, quase nove horas, chupo gomos de tangerinas sentada no chão; de escrivaninha, a mesa de centro da sala de estar. Desde sábado, estou muda. Tenham alguma paciência, não sei quando voltarei a falar. Os gomos docinhos explodo contro o céu da boca, são as gotas de chuva que se jogam suicidas contra o vidro da janela. O tempo escorre devagar, tento entender qual é a cidade que buzina e atravessa o asfalto na avenida.
*
Mas a sexta chegará... e volto aqui pra escrever sobre como continuar.