18.6.09

De todas as formas, Saudade.

"Eita saudade...saudade que bate,saudade que chora,saudade que implora...implora o amor de alguém.alguém que também está à espera,que reveste a casa de abraços e carinhos silenciosos, e faz barulho só pra dizer que te ama.que te ama muitão!mas no poema há uma correção.correção quanto a espera.ela não finda até que se encontre o ser amado.e antes que me faça esquecer,porque também espero o acontecer,digo que a data é 20, e não 19 como você queria dizer.e, com certeza, além da honra, do prazer e da emoção de você adiar seu esperado encontro por minha causa, há o valor da nossa amizade.que, de tão valiosa, já não se pode avaliar.porque nem que eu vivesse mil anos saberia como agradecer o suficiente por você ter aparecido na minha vida.te amo, molanguinho!!!!te amo por todas as qualidades que fazem de você uma amiga tão especial, tão querida, tão amada, e por todos os defeitos que só aumentam as tais qualidades."
Si.

16.6.09

Incompleto

...é como ter uma idéia, uma grande idéia, uma dessas revelações que nos fazem rir sem motivo algum para sorrir. Mas isso tudo pode ser que aconteça apenas depois de passar o café, e servir o café, depois de olhar para rua e ver que o tempo, hoje, ainda não melhorou.
Esta minha memória seletiva anda uma beleuuuza. A sua também? Então vamos fazer um esforço grande para acreditar que o mundo anda bem lindo.
Quem sabe a gente vive um momento hippye. Não precisamos deixar de tomar banho, claro que não, nem usar motivos florais, deixar crescer pêlos a la Cláudia Ohana e coisa e tal (o acento diferencial caiu, mas só deixo de usar ano que vem).
É que o tempo desliza tipo aquela gotícula de suor na barriga da mulher que se bronzeia nas areias de uma praia; quando a gente quer prestar atenção, já era. A areia chupa a gota com bastante gosto, vai lá procurar pra ver se acha sobras. Fica um rastro, estradinha de suor pela cintura, que sem se saber como, some com as lambidas do sol meridional. É assim que as coisas se esvaziam da memória, evapora com o calor dos minutos do dia.
Mais de um mês é muito tempo. Para o bem e para o mal. Do mal, que a distância nos persegue, mas é por pouco... ou um quase nada de tempo.
Por um único dia em junho e uma espera que se findará em 19.

7.6.09

naty amorim, literatura, umbiguismos, nunca extremos, ego-shots, ficção, non sense, muita cor, pouco branco em volta, no fundo luísa nunca morre, entende, naty AMORim, mais literatura, crítica do que os outros escrevem o tempo todo, um pôr do sol para esquentar minha manhã, apontamentos, ontem vênus apareceu no céu e deu prá ver a olho nú, só se pode encher um pote até a borda, nem uma gota a mais, um pomar inteiro de morangos, alguns tomates podres vezenquando, as bananas tornaram a morrer, remédio para minha insônia é perder a cabeça no teu ombro meu amor, natyaras, luísas e margaridas, no espelho, no fundo do espelho a luísa nunca morreu, minha borboleta é lilás, maria, juntei cinco estrelas no céu ontem para ti, que navios de tristeza somos nós navegando nesse silêncio abafado pela escuridão do inverno, mas tudo ficará bem, basta nunca usar reticências... nem no início... nem no final...

Insônia.

E essa, agora? Prendeu meu corpo dentro dela, não me deixou dormir.

5.6.09

Terça-feira, 25 de setembro de 2007.

Remeti esse e-mail faz bastante tempo. E me pareceu de bom tom publicá-lo. Divirtam-se.

Para: renancalheiros@senado.gov.br
Assunto: Obrigada.

Ex.mº Sen. Renan Calheiros,
Escrevo-lhe porque gostaria de lhe agradecer, além de confessar que tenho a mais profunda admiração pelo senhor. O senhor é um homem bastante letrado, muito provavelmente um conhecedor dos clássicos, um homem que, presumo, mais de uma vez deve ter lido as tragédias gregas. Falo disso, porque sou apreciadora da literatura clássica e das grandes obras que determinam o cerne da cultura e da literatura ocidental.
Mas, afinal, que intenção tenho eu em manifestar admiração desta maneira? E por que lhe agradeço? Acontece, senhor senador, que sou aspirante escritora. E o senhor sabe, escritores vivem de gerar personagens, dar cor, vida e memória a esses seres que habitam nossa imaginação. Contudo, têm dias em que as mentes, por mais criativas, minguam. E nessas horas, precisamos nos alimentar. O senhor é um alimento para alma de um escritor, ainda que aspirante, senador. Uma lenda viva. Basta navegar por alguns minutos pela internet, ler algumas linhas do jornal, ver duas ou três vezes as notícias da TV Senado, ou seja, assistir alguns poucos dias de sua rica existência para beber aos montes as nuances mais profundas que fazem verossímeis as grandes figuras.
Nem mesmo Eurípes poderia imaginar que em algum dia seria dado por deus tal modelo, senador. A junção, em apenas um homem, de tanto poder de persuasão, ousadia e desfaçatez. Nem nos maiores sonhos, Aristóteles poderia prever tamanho caráter, dotado de tantas faces, todas elas tão reais - que como em uma daqueles lares de espelho, não sabemos se a verdadeira é a da esquerda ou a da direita.
O senhor, senador, é Venturoso, é Fausto, é amigo do Rei. A grande tragédia, senador, é que o senhor, como toda a boa literatura, não passa de uma gorda farsa.
Natyara Amorim.