30.7.10

20 e uns de julho.

Ando tão cansada. Tão vazia. Meio indo sem saber onde. Deixando me levar, pra lá, pra cá. Não importa mais. Tão descrente em qualquer coisa superior que olhe por alguém, por mim. A boa mocice não me adiantou de nada, deve ajudar alguém, deve atrair sim, coisas boas. Mas sei lá, não aconteceu comigo.

Cansei mesmo. Nada muda, e tudo piora. Eu ando escrevendo tão pouco aqui, pra não ficar me queixando, lamentando. Porque ninguém tem obrigação de ler isso, mas então vi que esse blog é meu, se não querem ler, sintam-se à vontade e saiam, vão fazer algo bem mais proveitoso. Sabe um pum pra quem já tá cagado? A gente diz que não liga, não faz diferença. Mas é uma baita de uma mentira. Qualquer pum é uma merda total.

Meus pecados devem ser enormes. Se existe mesmo outras vidas e carmas a serem pagos, eu nessa encarnação estou pegando todos. Se a gente escolhe mesmo o que viver, eu sou uma idiota total e completa. Porque eu podia dividir em trocentas vidas, mas resolvi passar tudo nessa.

Eu só quero que venha tudo de uma vez, sabe? Porque essa coisa de ir piorando a prestação, não agüento mais não. Prefiro a enxurrada completa. Depois você se seca, cura a gripe, mas deu, acaba. O que não suporto mais é essa coisa a conta gota. Não são sou forte como alguns pensam, o que eu tenho é, pra muitos, uma boa fachada. E somente bem poucos sabem que não sou nada disso.

Será que existe um limite? Um limite para se surtar, eu estou quase lá. Eu estou quase perdendo a vontade de levantar todo dia, ou de voltar pra casa. Sabe, se desse pra sumir, eu sumia.

Não dá mais pra engolir os sapos meus de todo dia. Não consigo mais olhar pra cara dessa gente todo dia e fazer cara de paisagem. Família? Eu não sei o que isso significa há muito tempo. O coração, um cactus. E eu nem to ligando.

Eu desejo coisas horríveis pra uma pessoa, e nem consigo me arrepender disso. Eu não consigo achar isso ruim. Eu acho que isso seria a solução. Nada louvável, não?

Eu não consigo mais, é isso.

P.S.: Amor, só por ti ainda tenho fé.

20.7.10

20 de julho...


Aniversário da minha avó...

Congratulations, dear grandmother! I love you so much...

19.7.10

Oi.
Sem tempo, prazer.

.

Senti saudades daqui, mesmo sabendo que tenho 3 leitores, no máximo.

.

Meu nome é Natyara, meu sobrenome é Educacenso.

.

Nunca trabalhei T.A.N.T.O na minha vida.

.

Nao sobra tempo pra msn, pra blog, pra vida.

.

Hoje eu tava fazendo uma alusão pro tanto de gente que cadastro por dia. Esses dias, contei. Te juro que contei! deu 530 pessoas. Aí, pensei: p****, é como colocar tudo isso de gente numa fila indiana e cada um deles falar comigo pelo menos 10 minutos. E o pior: eu ter que falar com eles também. Porque se fosse só eles vomitarem suas informaçõesrentáveis, beleza. Falaqueteescuto, meu bem.

Mas a pior parte é ter que responder, e mais pior de ruim ainda: resolver.

.

Tô reclamando não, tô contando, mas olha só: a questão é dirigida para o MEC principalmente. Daí só no telefone , eu falo com o mundo de gente.

Daí que tem dia que não se tem saco pra isso tudo.

E é tãooooo infinitamente corrido, que não consigo mais dormir regularmente... tipo, domingo eu sou um nada. E dia de semana, durmo em intervalos de duas, três horas, e de bônus, altos pesadelos.

Juro.

.

Porque não se perdoa nem o sábado da pessoa.

.

Daí que as respostas as avessas predomina.

- Se eu pudesse realmente estar resolvendo da forma que o senhor está ME MANDANDO, eu já teria feito e o prazer desse contato já teria terminado, senhor.

- Senhora, é assim ó: [explica pela milésima vez]. Coloca folhas, numero e livro da Certidão.
- Sim, e eu não já fiz tudo isso?
.

Daí pra pior.

.

No mais, tamos aí.
Ainda.

.

Me abraça?
.

Conversa entre amigas.

Amiga: Essa música é mara! Curte.
Alguns segundos depois.
Eu: Hummm, me lembra sexo.
Amiga: Quantas vezes por dia você vai ter que falar em sexo pra eu confirmar que você é ninfomaníaca?


Só silêncio!
O resto da noite.

14.7.10

Roda gigante

"Como se eu estivesse fora do movimento da vida. A vida rolando por aí feito roda-gigante, com todo mundo dentro, e eu aqui parada, pateta, sentada no bar. Sem fazer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros. A linguagem que eles usam pra se comunicar quando rodam assim e assim por diante nessa roda-gigante. Você tem um passe para a roda-gigante, uma senha, um código, sei lá. Você fala qualquer coisa tipo bá, por exemplo, então o cara deixa você entrar, sentar e rodar junto com os outros. Mas eu fico sempre do lado de fora. Aqui parada, sem saber a palavra certa, sem conseguir adivinhar. Olhando de fora, a cara cheia, louca de vontade de estar lá, rodando junto com eles nessa roda idiota..."
Caio Fernando Abreu


Todo mundo sabe, que no fundo, não gosto de Roda Gigante, eu morro de medo de altura... Tenho vertigens... Você lá sentanda, rodando até ficar tonta, aquele banquinho balançando. E sempre tem uns palhaços que balançam aquilo além da conta... Cair da vida. Imagina que queda...

Agora uma vida Montanha Russa... Essa eu queria o bilhete...A senha... O código...

Mantra

Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.

Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.

Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.

Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.
Quem não sabe o que quer, não reconhece quando encontra.

10.7.10

Saudade é assim, aperta de um jeito que a gente não sabe diferenciar se é fome, tristeza, dor, raiva, ansiedade. Sinto dor porque o pedaço que falta tá tão longe que é um estímulo doloroso, de fato. Tenho fome de amor, fome da pessoa. Minha tristeza é proporcional aos milímetros que se interpõem à minha satisfação somada à raiva pela impotência de nunca ter compreendido Física Moderna e não saber encurtar o espaço-tempo.
Saudade hoje, tão tão grande do meu amor.

Duplo sentido

Então eu estava lendo o textoDuplo Sentido - Fabrício Carpinejar, e defini que sou meio como ele: "Uma palavra certa e a vontade não me larga mais o pensamento".
.
Guardada, claro, as diferenças diretas entre homens e mulheres, principalmente no assunto relacionamento sexual, sendo eu (principalmente na adolescência) a convencida e não a que convence... E outras coisas obviamente impossíveis (eu não sou retrátil) do texto, me vi nele. Onde uma palavra basta pra me atiçar o pensamento...
.
E ultimamente só o pensamento, porque eu ainda ando numa castidade absurda...

8.7.10

Fazer o quê?

Eu te adoro mesmo e te acho muuuuito phoda!
hohohoho


7.7.10

Não ligo pra você, traça rastejante. Só ousa se mexer quando está só, pelos rodapés, puxando o corpo de papel num tracejo desoientado. Mal sabe que te espreito. Sorte sua que te desprezo. Só não venha rastejar pro meu lado. Por poucos centímetros meu desprezo é capaz de se transformar em asco.

3.7.10

E o Brasil?

- Eu odeio dizer isso, mas bem que eu avisei...

- É isso que dá, foram colocar um dos sete anões para dirigir a seleção! Quando não era um treinador de conto de fadas, a gente trouxe o penta...

- Aquele Felipe Melo tem titica de galinha na cabeça, não tem?

- O Kaká e o Luis Fabiano estavam em campo? Eu juro que não os vi!

- Aquele juiz deveria ter dado mais 5 minutos de acréscimo só pelo tanto que conversou na partida, vou te contar.

- O mal de fazer gol no início do jogo é isso, Brasil sempre acha que ta com a vida ganha... como todo brasileiro...

- A parte mais chata é que agora é todo mundo trabalhando até as 18hs de novo...

- O que vão fazer com todas as vuvuzelas compradas? Atucanar a vida do Dunga no regresso é uma boa ideia.

- Anotem ai, a Argentina leva essa copa e vamos ter que aguentar los hermanos por 4 anos!

- Chupa, Dunga! Chupa!

1.7.10

Sabe que, nesses dias, venho pensando em coisas muito complexas referentes às sensações fisiológicas, diferenças de gênero e por que mulheres são tão mais afetáveis que homens nos quesito incômodo, sugestão e satisfação.

Conversa entre amigas é sempre muito mais sensual que a dos homens, que é, senão vulgar, pelo menos desrespeitosa à condição feminina enquanto ser que sente, pensa, tem necessidades e muita sensibilidade emocional. Claro que os assuntos femininos rendem também comentários infelizes envolvendo genitálias e palavras de baixo calão, técnicas estéticas e afins, o que não torna o assunto menos rico. Se se conversa entre amigas, compreende-se o que se quer dizer com algumas afirmações meramente empíricas, generalistas, carnais e muito inteligentes.

C. S. Lewis menciona em “Os Quatro Amores” que a amizade feminina não chega a ser tão genuína quanto a masculina. Demorei inclusive a compreender onde ele queria chegar com isso. Enquanto supervalorizadora da “cultura” feminina (e não feminista necessariamente) posso levar à discussão de por que a amizade feminina seria tão genuína e como temos, não especificamente noticiada e documentada a nossa arte de conquistar. Tem A Arte de Amar, de Ovídio, tem as falas machistas por vezes, de Bukowski (e com isso não quero dizer que não apreciemos, em momentos, certo nível de sexualidade explícita – pouco mais adiante discutida), tem Moacyr Scliar, com A Mulher Que Escreveu a Bíblia e mais um sem-número de autores (masculinos) que exaltam a mulher em sua forma mais objetificada.

Daí que quando você se depara com Clarice Lispector falando sobre e para a mulher, seus sentimentos e suas sensações, isso faz você se admirar, porque chega a conseguir, de fato, sentir o que ela põe no papel. Digo você, mulher, porque na verdade a alma masculina se vê desafiada a transformar em “coisa de pele” o que está no papel, que dirá exposto em caracteres unidos entre si semanticamente.

Não precisamos recorrer à Bíblia para falar que o Cântico dos Cânticos de Salomão é O livro para a boa vivência “relacionamental” do casal – e que valoriza a mulher como realmente esperamos (isolando alguns fatores tipicamente, ou exageradamente, românticos). Não precisamos também mencionar a exposição crua da sexualidade de mulher na profissão mais antiga da história com a senhorita Surfistinha. Cada obra com seu autor e suas intenções. E não falamos também que tudo o que está escrito não deva ser lido.

Se a mulher fosse, conforme se noticia e visualiza por aí, um aglomerado de pele, cabelos sedosos, par de mamas, poros sensíveis, suor atrativo e genital influenciável (sem mencionar os “acessórios”: lingerie, make-up bem feita, roupa estrategicamente vestida), certamente seria muito fácil de encontrar – e de ter, também. Não queremos com isso dizer, também que não haja esse tipo de kit vagando por aí. Quero explicitar o fator X responsável pela atratividade, “interessância” e manutenção da boa mulher, digo o selo de qualidade.

Quando a mulher chora, ri, conversa, ouve, ela transcende o significado de companheira por trejeitos, intenções, jeitos diferentes de olhar, de se portar, de se vestir, e de acompanhar, efetivamente. Perceba que ela não faz exatamente o que não gosta única e exclusivamente para agradar, mas porque deve sempre receber de volta atenção, carinho e força (entenda como quiser) – e sabe que merece.

Quero chegar ao ponto em que as pessoas devem compreender as diferenciações entre os sentidos: homem é basicamente visual e imaginativo. Ponto. Mulher é auditiva, tátil e olfativa. A imaginatividade dela se manifesta mormente nos momentos de solidão. Ponto. O que se infere disso? Que a mulher basicamente busca atingir a satisfação masculina da imaginatividade aliada à essência visual masculina e espera o contrário enquanto fator de avaliação da reciprocidade entre os indivíduos.

Quero dizer com isso, em linhas gerais, que mulher se influencia profundamente pelas coisas que lhe atraem sensitivamente falando – mas perceba que esse fator se alia à qualidade da mulher: não é qualquer som, qualquer cheiro, qualquer toque. Não é qualquer presença que a faz perceber que não precisava correr o mundo inteiro em busca do que a satisfizesse – porque o mundo inteiro pode caber em uma pessoa e o indivíduo pode ter, consequentemente, o valor do universo para a mulher.

Não pretendamos adentrar no assunto beleza exterior, até porque recairia no que já foi discutido – o círculo vicioso: mulher busca satisfazer os instintos masculinos na esperança da retribuição intimista de suas necessidades. Para alimentar o círculo, a mulher precisa desenvolver as habilidades de objetividade, despertar de luxúria com requintes de intelectualidade no exercício de imprimir a si mesma na encomenda esperada pelo universo masculino. Eles, por sua vez, precisam mergulhar na experienciação feminina – sentir-se “amiga” dela, para poder entender suas necessidades constantes. Por conseguinte, o macho será seu companheiro, seu melhor amigo, seu homem.

Preciso de um segundo para expor a exceção ao funcionamento fisiológico dos gêneros: eventualmente não existe uma explicação complexa ao fator sexualidade. Por vezes, em momentos específicos e injustamente propostos pelas forças do universo contrárias ao funcionamento harmônico das relações, ela se manifesta por simples mecanismos de sinais e respostas fisiológicas ao estímulo estritamente físico – e nessas situações é vã a discussão de questões de ética, moral e metafísica dos sentimentos. Injusto, mas fato. E por ser fato, mesmo assim requer explicações.

Existe toda uma questão filosófico-científica para o que eu quero dizer, de modo que para manter o que eu tenho, meu silêncio, minha forma e meus trejeitos devam seguir um padrão universalmente convencionado para a perfectibilidade feminina e atrativamente irresistível ao sexo oposto. Quando espero mãos me envolvendo, espero um par de membros superiores específicos, com o cheiro específico e a específica distribuição de pelos corporais. Quando quero sentir um cheiro, precisa necessariamente ser de quem eu espero, o cheiro que se misture a ele mexendo e cheirando meus cabelos enquanto posso ouvir sua respiração e que eu mesma me sinta arrepiada. Preciso, muitas vezes, ligar esse momento a uma música e que tem sido, nas últimas vezes, Led Zeppelin, ou Alicia Keys, ou John Legend – mas pode ser Ne Me Quitte Pas, também, com qualquer pessoa cantando. É necessário que o meu fator X seja perfeitamente compatível com o fator Y e que esse fator reconheça minha sinestesia no tempo, cheiro, ritmo e cor corretos. Que ele não me veja como um kit acima mencionado, mas que ele conheça tudo o que eu falei e que se interesse por saber o que eu estou pensando sempre que eu não esteja falando ou entre em silêncio repentino e duradouro. Porque às vezes minha cara em silêncio diz muito do que eu não consigo verbalizar. E meu corpo diz às vezes, o contrário do que minha voz diz, e vice-versa, mas tudo o que eu quero, sinto e espero é muito bom. Não porque cientificamente eu goste de tentar entender as coisas, mas porque o fator Y tem necessariamente que concordar comigo e ambos saibamos que a maioria das coisas entre nós não é cientificamente explicável. Para ser bom não precisa ser compreensível. E por isso me completa.