30.9.10

EXTRA! EXTRA! Serviço de (f)utilidade Pública

Mulher, 26 anos, pernambucana, administradora, bonita, inteligente, expansiva, alegre, comunicativa e... desesperada (rs). Abre seleção para a vaga de NAMORADO. Os candidatos devem ter entre 26/35 anos, ser homem heterossexual (ultimamente só homem não esta bastando, hohoho), ser responsável, estar disposto a um relacionamento sério. Daremos preferência para os candidatos com mais de 1,75cm, com carro e situação estável (é a vida, gente!). Num primeiro momento estamos descartando os safados, cachorros e sem-vergonha, bem como suas derivações, os casados, os cafajestes e os homens-chiclete. Só aceitaremos currículos com foto, de rosto e de corpo inteiro. O teste de seleção incluirá prova oral (ai, ai se eu não fosse comprometida), prática e intelectual (lembrem que é vaga pra namorado, tem que ao menos ser possível manter um diálogo por mais de 2 minutos).

Interessados deverão remeter currículo para o meu e-mail, que farei uma pré-seleção (amiga tem que aprovar também, lógico) E agora voltaremos a nossa programação normal!
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Que é isso, Cris, não precisa agradecer não, tá? amiga é pra essas coisas... rs
Pois é. Eu espero demais das pessoas. Eu espero que elas façam, cumpram tudo que me falam ou prometem. E daí eu fico esperando. Mas as pessoas não são assim. Acho que pressiono de mais. Que me importo de mais. Espero que adivinhem, que leiam meus pensamentos e façam. Mas ninguém tem esse dom de adivinhar o que pensamos. Eu queria que tivessem. E daí eu fico aqui esperando demais de cada um. E eu cobro. Cobro, despejo tudo em cima. Hoje tenho que tentar viver a máxima de que se temos dois ouvidos e apenas uma boca, é porque deveríamos ouvir mais e falar menos. Vou tentar, estou tentando falar menos. Mas me enervo, e na hora da irritação, meus dois ouvidos somem e todos os meus buracos faciais viram boca, e eu falo, falo demais. Hoje não. Hoje estou exercitando meu autro-controle, antes de despejar tudo que penso, quero ouvir. Estou tentando não esperar demais das pessoas. Tentar esperar apenas o que elas são capazes de me dar. É um exercício. O exercício do silêncio. Que pra mim é um dos mais difíceis, pois sempre traduzi o silêncio como indiferença. Não estou indiferente, apenas silenciosa, tentando fazer meus ouvidos trabalharam mais que minha boca. Sabe aqueles macaquinhos que não vem, não ouvem e não falam? Não me serve, pois eu vejo, eu ouço e eu falo. Falo muito mais que os outros dois, quando começo a despejar a frustração de não terem feito o que espero que faça, me perco. Hoje não vou falar nada (apesar de já estar 'falando'), apenas vou usar o silêncio, bem mais do que pra mostrar a minha insatisfação, pra tentar escutar mesmo. Quem sabe eu ficando assim bem quietinha consiga escutar o que se passa aqui dentro também. Silêncio sempre me oprimiu, tanto que raramente fico em total silêncio. Nem todo exercício é prazeroso, mas não deixa de ser necessário. Para exercitar um músculo é preciso trabalhá-lo até fazer ele queimar dentro de você. Deve ser assim com os sentidos também. Para exercitá-lo deve ser preciso fazer ele doer até vc não agüentar mais. Que o silêncio doa então...
Apesar de nunca saber o que me espera na próxima descida, ainda to preferindo essa vida montanha russa à uma vidinha carossel....

22.9.10

Passa, tempo!

Eu estou sempre com sono às quartas, porque sempre durmo tarde às terças, então copiei isso de algum lugar e respondi, só para fazer exposição da minha figura...


COMPLETE

- Eu tenho: tentado
- Eu desejo: meu desejo saciado...
- Eu odeio: eu odeio uma porção de coisas...
- Eu escuto: só quando eu quero
- Eu tenho medo: “...do escuro, eu tenho medo do inseguro, dos fantasmas da minha voz”
- Eu não estou: mas volto logo.
- Eu estou: bem. E ta mais que bom.
- Eu perco: a paciência, sempre; a linha, às vezes; à vontade, nunca.
- Eu preciso: de tanta coisa, pra quem eu mando a lista?
- Me dói: no momento, um machucado no braço

SIM OU NÃO:

- Tem um diário? Blog equivale a diário? Devo eu começar a escrever Querido diário?
- Gosta de cozinhar? Gostar eu gosto, quando estou afim... o que já é mais difícil.
- Há algum segredo que você não tenha contado a ninguém? Sim, apenas um.
- Acredita no amor? Pode por favor repetir a pergunta?
- Toma banho todos os dias? Não, na verdade faz 15 dias que a água nem me vê... tsc
- Quer casar? Depende da definição de casar... serve de alma?
- Quer ter filhos? Eu tenho dois o Miguel, o Vinícius e um entiado, o Frajola.

QUAL É?

- A frase que mais usa no msn: Alguma do Caio Fodástico de Abreu...
- Sua banda favorita: Prefiro a Marisa.
- Seu maior desejo: Dos meus desejos saciados...

OUTRAS PERGUNTAS

- Signo: Capricórnio
- Cor dos olhos: não definida... isso é sério!
- Numero favorito: tem de ser ímpar.
- Dia favorito: Sábado
- Mês favorito: Dezembro
- Estação do ano favorita: no Nordeste só tem uma estação.
- Café ou chá? Café, forte.

VOCÊ

- Tem problemas de auto-estima: Com certeza, mas eu finjo muito bem
- Abriria mão de ficar com alguém muito gato por respeito ao próximo: O próximo que espere na fila...
- Iria a uma micareta: Eu? Nunca! rs
- Cuidaria de amigos bêbados: Sim, eu sou uma pessoa boa!
- Dá toko sem problema nenhum: Claro. Tenho cara de quem faz caridade?

NAS ULTIMAS 24HS VOCÊ:

- Chorou? Não
- Ajudou alguém? Serve a mim mesma?
- Ficou doente? Não
- Foi ao cinema? Não
- Disse “te amo”? Sim, sim...
- Escreveu uma carta? Sim, das cartas que escrevo mas não mando.
- Falou com alguém? Eu ando tão sociável...
- Teve uma conversa séria? Tenho todo dia
- Perdeu alguém? Não
- Abraçou alguém? Sim
- Brigou com algum parente? Não
- Brigou com algum amigo? Não

ALGUMA VEZ VOCÊ PODERIA:

- Beijar alguém do mesmo sexo? Segundo Manoela, isso é um desejo que acomete 55 em cada 100 mulheres.
- Fazer sexo com alguém do mesmo sexo? Leia a resposta acima.
- Saltar de para quedas? Ôh vontade...
- Cantar em um karaokê? Depois da 4º cerveja
- Ser vegetariano? Na na ni na não!
- Se embebedar? Vamos?
- Roubar uma loja? Não.
- Se maquiar em público? É proibido?

Vastas emoções - ou, eu cá com meus botões

Eu fiquei pensando, se minha alma saísse de mim e analisasse minha vida como uma estranha, eu gostaria do que foi feito, as escolhas que fiz, dos passos que dei? Sinceramente eu não sei, eu vezenquando paro e acho que tracei meu caminho por linhas tortas de-ma-is, me vejo agora com 2o e uns anos e tão poucas 'conquistas', tão poucos sonhos realizados . Olho pra frente e não vejo o caminho assim tão belo, tão certo...

Tem páginas da minha vida que se pudesse seriam arrancadas, reescrevia, queimava, ou simplesmente faria não existir. Há coisas que eu sei que devia ter aproveitado mais, aprendido mais, utilizado mais. Pensando no meu passado e colocando na balança eu não consigo ver e nem chegar a alguma conclusão de que fui feliz. Olhando pro meu futuro eu não visualizo nada que me diga que tempos melhores virão (também estamos tão longe do ano novo, onde vestimos essa carapuça de que tudo vai mudar depois daquela noite), que as coisas mal colocadas irão encontrar seu devido lugar e que aquela luz no fim do tunel estará cada vez mais perto.

Vivendo meu presente, eu tenho dúvidas que esteja fazendo as coisas certas, as escolhas mais acertadas, e tudo que precisa ser feito. Eu sempre tenho a sensação que devia estar fazendo mais, indo mais além e vivendo mais. Mas me falta a certeza do que seria esse mais. De onde eu o encontro... (e não me venham dizer pra procurar dentro de mim) .

Não eu não estou mal, não é esse o ponto, não é uma fase ruim. É uma sensação que sempre me acompanha, a vida toda, aquela sensação de que falta algo, que falta aquele detalhe, aquele "clic" que vai me fazer ver as coisas melhores, que vai me dar o estalo do que deve ser feito, que vai me brotar aquela risada aliviada e aquele pensamento "como foi que não vi isso antes..."

Como diz aquela música* eu to precisando de algo/alguém/qualquer coisa que veha pra misturar juizo e carnaval, que venha pra tirar o escuro e a sensação de que o inferno é por aqui...

Não, também não é pessimismo, eu ando até que otimista, até que confiante, ao menos mais do que o normal, é um misto de inércia com impotência, e sensação de ausência, de que tem algo em mim que não se encaixa em mim, um erro no projeto, no programa, aquela tela que fica piscando e que a gente nunca conserta, vai adiando, adianto, até que um dia, e eu sei que vai acontecer, o sistema se sobrecarrega e tudo pifa... Não tem conserto. Joga fora e compra outro.

Okay, sem radicalismo, talvez tenha conserto, um bom pisquiatra resolve tudo, se tem remédio até pra pau ficar duro, deve ter algum que me faça me sentir completa... (E não sugiram um consolo, porque lá em casa tem um de verdade)

Eu sei, amanhã passa, ao menos essa vontade de vomitar em tudo deve passar...
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* Trechos da música Feliz - Maria Rita

Situações desesperadas...

Merecem medidas extremas....

Um carro forte ou um banco?

Alguém ai vai comigo?

Beijos, pessoas!

21.9.10

O Amor - segundo Caio Fernando Abreu

"E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que o amor não começa quando o nojo, higiene ou qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também."

Pela noite/Estranhos Estrangeiros

Nota


O mais insólito dessa coisa toda é que seu sim é sim e seu não é não. Com objetividade. Com clareza. Você não se agarra em artimanhas e entrelinhas pra fundir a minha mente. É simples. É estranho ter na frente alguém que deixa claro que quer ficar comigo. Eu estava acostumada com aquele tipo de pessoa que jamais deixou claro se queria ou não ficar comigo, e fazia questão de ser assim. E o mais engraçado de tudo isso, você faz planos para o futuro e me faz ver que se eu, em algum momento, fizer igual, você não irá sair correndo.

É tão estranha essa sensação de saber que a noite você irá querer o mesmo que queria pela manhã. Que não vai me causar dores no estômago pensando quanto tempo falta pra você encher a sua cota de carinho desse relacionamento e simplesmente ir embora. Desaparecer pra sempre.

Eu não preciso parecer adulta. Nem sexy. Nem nada o tempo todo. Fazia tanto tempo que eu não era tão eu. Eu que posso ter um acesso de riso no momento mais inoportuno. Ou eu que falo a coisa mais ridícula na melhor hora. Eu não estou precisando ter ideias inteligentes o tempo todo, nem me esforçar nas caras e bocas. Não há teatro. É não tentando agradar você a todo o momento que eu agrado. Que coisa diferente isso de simplesmente relaxar.

De não ter que ficar supondo, adivinhado, imaginando. Porque você vem e me diz às coisas que quer com uma simplicidade e uma objetividade que me deixam pasma. E eu penso cá comigo, será tão simples assim dizer e colocar pra fora as vontades? Você faz parecer que sim. Não se preocupa que eu possa achar piegas, submissão, loucura... E mesmo que eu, às vezes, ache tudo isso, você não liga. E você me faz ver que talvez expressar as vontades de forma direta não seja algo extremamente maluco como eu pensava. Até porque se você quer, você não vai correr. Eu acho isso tão... Tão assim, entende? Não ter que ficar procurando a palavra pra amenizar a verdade por simples medo que alguém saia correndo dos meus traumas e das minhas insanidades.

Você me mostra que insegurança não é crime. Que eu não tenho que ter todas as respostas. E nem que tenho que pular na frente antes. Desacelerar. Apesar de você querer acelerar tantas outras coisas. E nem se importar quando eu digo pra ir devagar. E nem achar que com isso eu não goste de você. E nem achar que tudo que falo, é reclamação, cobrança ou loucura. Você não tem crises existenciais. O que me facilita muito a vida nas minhas. Eu insisto em te puxar pra realidade, e você me pega e me da uns pedacinhos de sonhos vez ou outra pra que eu não ache tudo tão duro, nu e frio. Talvez você esteja promovendo milagres em mim quando sabia que eu não acreditava neles.

17.9.10

Não que eu acredite em sonhos, mas quando um sonho ruim me acomete três noites seguidas, comça a me incomodar. Alguém aí entende muito de sonhos?
Me perguntaram se as coisas por aqui estão ruins. Não, definitivamente não estão. Já estiveram pior. Daí quiseram saber qual o problema. Se não esta ruim, por que não esta bom? Porque não esta como eu quero. Eu sou acostumada a ter tudo como eu quero. Coisa de gente mimada? Pode parecer, e é mesmo. Nunca fui muito mimada, só um pouco mesmo. Aos dezoito decidi que não queria mais ninguém me dizendo o que fazer. Fui embora. Foi do jeito que eu quis. Foi fácil? Não! Mas isso não vem ao caso, estava como eu queria que fosse. Depois decidi ter um filho sozinha, numa família moralista. Ainda não é exatamente do jeito que eu quis. Não é moleza não. Mas a questão é que era tudo da maneira que eu queria que fosse, e isso não quer dizer que tenha sido fácil. Portanto nunca fui tão mimada assim, sempre foi como eu quis, mas não porque me deram isso de mão beijada, não porque estalaram os dedos e todos mudaram pra fazer minha vontade. Isso é mimo, e definitivamente eu não tive isso. Só que eu quero as coisas do meu jeito. Nem que pra isso eu tenha que perder. Pois sempre eu perdi algo, talvez mais do que tenha ganho. E desta vez não é diferente, quero do meu jeito, e se não for assim não me basta. Tem muito mais a ver com cabeça dura do que com mimo. As coisas que me ofereceram nunca me bastaram. E não é diferente agora. Não me basta. E se tiver que viver com o que não me completa, não quero. Quero do meu jeito. Mesmo que eu perca algo logo ali adiante.

16.09.2010

Hoje, apenas por ser dezesseis de setembro e por assim ser o dia de nascimento de minha mãe e de meu irmão, está decretado o dia mais importante do ano.
Eu amo vocês incondicionalmente.
Parabéns e felicidades (para nós)!