22.6.11

Eu sou pessoa que perdoa a pisada de bola dizendo "não, imagina. normal. eu não posso mesmo esperar que todo mundo seja correto como eu sou. cada um faz o que sabe fazer."

E a pessoa me odeia pro resto da vida, é claro.
Eu tava no restaurante do shopping esperando duas amigas. Tomando um chopp e lendo o cardápio. Entrou um vendedor de flores. Ele tava com a camisa do Mengão, então ganhou minha simpatia imediata. Quis comprar pra mim e pra minhas amigas. Depois de um dia inteiro trabalhando com uma cambada de pirralhos, alguém tem que ser legal com a gente.

-Quanto é?
-Dez Reais. Mas pra você que tá sozinha eu faço por 5.

Ah, sim, e a peninha que você sentiu de mim vem de brinde?

Não comprei, claro. Sozinha está a sua madrinha.

Sobre o Facebook

"Fulaninha de Tal" adicionou você como amigo no Facebook. Precisamos confirmar se você conhece Fulaninha para que sejam amigos no Facebook.

Claro que conheço! Conheço e é uma grande babaca. Escreve aí, Facebook: ba-ba-ca.

Arg!

Daí, você faz uma das maiores palhaçadas que eu já vi na minha vida. E depois fica se fazendo de legal só porque pediu desculpa. Aliás, um dos piores pedidos de desculpa que eu já recebi. Sério que você quer ser meu amigo no Facebook?

E aí, Facebook, tem como responder com um "ARE YOU FUCKING KIDDING ME?"
Meus alunos ficam tentando adivinhar qual é a minha idade.
Um horror.
Nisso, já ouvi que tenho 19 (fe-li-ci-da-de), 23, 24, 25, 26, 29 e 36.
Ao 36 seguiu-se um princípio de infarte.

18.6.11

Releituras...

Uma (breve) releitura de um texto datado lá de março de 2009. Porque tudo, com um maior grau de insatisfação, continua valendo.
Segue.

[março, 2009 - junho, 2011]

Tu sabes como é sentir-se estrangeiro em sua própria casa? Tu já teves essa sensação, esse gelado no estômago, essa consciência vazia do prolongar segundos e perder um ônibus? Incessante, vagando pela avenida, essa busca de um pretexto murcho. Um desvario de sentidos, sentindo o pescoço morno, os cabelos em suor. Tu já se sentiu cansado, pernas doendo, a necessidade física de repouso? Só o prazer pequeno de tirar os sapatos, sentir o chão frio do banheiro, a água batendo morna nas costas. E mesmo assim, enfrentando ruas escuras, passo rápido, uma quase luta contra a gravidade, porque ir a pé leva mais tempo que pegar um táxi. E se sente estrangeiro e sente que não conhece a língua e os costumes. E além de estrangeiro, é refugiado, é imigrante ilegal, é mal quisto. Tu chega em casa e as pessoas não olham para você. Elas não dizem porque não olham, tu até desconfia, mas elas não falam nada. Como um estrangeiro enfiado em um país repleto de bons maneirismos e politicamente correto. Nesse país onde seu pai, a sua mãe não olham. Aqueles que deveriam, porque alguém um dia falou que deveriam, ter intimidade, ter liberdade. Seu pai e a sua mãe acordando todos os dias, obrigados a passar pelo seu quarto todos os dias. Uma sentença, porque não, eles não olham. Vezenquando, viram de leve o pescoço, olham para o quarto como se estivesse vazio porém tu estás ali sentado na cadeira, mexendo em papéis, deitado na cama, lendo um livro. E no início você retribuía o olhar, esperança de pelo menos uma pergunta. Uma dúvida. Sei lá, um indício do que afinal não vai bem. Mas não, eles são tácitos e olham para a janela e olham para a tela colorida do monitor. E olham através de. Mas nunca para você. E talvez, no cansaço de quase carimbar um passaporte toda vez que abre a porta, acresça a vontade de sair gritando, arrumar um pretexto e sair gritando. Enfático, deixar esse ignorar insosso de lado, expelindo perdigotos, sujando espelhos. Mas passa. No não olhar a vontade vai esvaindo, correndo em um filete que não é de choro, porque você não pode chorar. Tu, estrangeiro nesse país que não permite choro, que não permite queixas.Chegando todos os dias nesse lugar onde não pode elevar a voz, onde sobrevive não sabe como porque diariamente uma emenda constitucional parece reinar. Tu não pode fazer cara feia. Não pode responder. Não pode ficar triste. Não pode silenciar também, porque o seu silêncio é falta grave nesse país de mudos.
E tu simplesmente não pode ir embora. Não. Tu estás preso, contraiu dívidas, faltou com a lei. E o pior não é pagar por faltas constitucionais. O pior é pagar pela essência de existir.
*
*
*
[e nesse momento eu queria ainda te pertencer. E não digo estar contigo e não digo te ter, porque é nessa dor que eu mais precisaria te pertencer. Só para que me tomasse no colo. Um beijo nos lábios e teus olhos castanhos que entrariam nos meus olhos mais e mais escuros e eu saberia, ali, te pertencer. Deixando que me chamasse de nomes que só tu conhece, aconchegando minha pequenez junto a ti, junto a tua voz, ao teu cheiro. Porque é aqui, nesse momento onde mais dói que eu precisaria de que um pouquinho daquilo que sempre prometestes fizesse sentido]

16.6.11

Daí você - no caso, eu - está lá, lendo um livro que tem "amor" no título. E alguém repara no título.

E você tem que ajeitar os óculos e dizer:

-Hum, na verdade, é um livro sobre loucura, obsessão e sobre como o amor não resiste a tudo.

Essa sou eu. Esse é o meu jeitinho.

Não basta trabalhar doente.

Não basta trabalhar na quinta-feira pós dengue. Enquanto estou saindo de casa, ainda tenho que ouvir alguém perguntar:

-Natyara, você penteou esse cabelo?

Assim, defina pentear.

Pois você passa esse tempo todo tentando ter o controle absoluto. Dizendo que não tem nada, que não há nada, que tá tudo bem assim. Prometendo que você nunca mais vai sentir aquilo e nunca mais vai ficar de coração partido porque ninguém mais vai chegar tãããão perto.

E é só quando você está chorando, arrasada, por alguém que não era pra ter te deixado arrasada, alguém que você jurou que não ia te deixar arrasada, que você pensa: estúpida.

Estúpida.

Senhor (a) Anônimo

É um blog bobo, escrito por uma pessoa boba para outras pessoas bobas. E nada mais.
Okay?
Hoje pela manhã estava pensando em dois ex (amores) meus. Na verdade estava pensando em como eu agi com eles.
Quanto ao primeiro pensava como fui idiota de dar o fim numa coisa calma e acolhedora, apenasmente porque queria algo que me revirasse do avesso. Burra! Ah se eu soubesse que hoje simplesmente um bem estar já estaria bem bom e no fundo é bem melhor do que toda aquele frenesi... Podia justificar usando como desculpa a idade, que era muito nova, arrombos de adolescência... mas, se eu fosse contabilizar todas as vezes que me ferrei por conta destes arrombos a gente não sai hoje daqui.

Com o segundo eu acho que cometi erros piores. Eu queria que meu amor me amasse do jeito que EU achava certo. Que meu amor falasse coisas que EU achava que ele deveria falar. Que meu amor tivesse atos que EU gostaria que ele tivesse... E dai adiante. A diferença é que com o segundo amor eu fazia pressão pra isso, longas DR's que mais pareciam monólogos e que no fundo até hoje meu amor não entendeu uma vírgula do que eu disse. Então que pressão toda, fui tão incompetente que ela me trocou por outra depois de eu ter decorado toda a casa que iámos morar. Eu estava tão preocupada em querer a coisa toda do MEU jeito que veio outra lá e disse que do jeito dela tava bom. Me ferrei eu! Aprendi a lição.

Depois de dois, tenho que que ter aprendido, não? Não é porque a pessoa não te ame como você acha que merece que ela não te ame o máximo que ela pode. E NÃO FERRE TUDO QUERENDO AS COISAS DO SEU JEITO!

O comum entre as histórias? Minha culpa e o "quase". Mesmo sabendo que não existem culpados, ou melhor, numa relação todos são culpados, eu não sei e não consigo parar de achar (sempre) que a culpa é minha. Em ambas eu não soube me sentir satisfeita com o que era me dado. Queria sempre mais e melhor, e vejam onde estou agora... E claro, o "quase", minha sina nesta vida. Eu "quase" me sentia bem. Era "quase" isto que eu queria. Ah ele é "quase" como tem que ser... E eu "quase" fui feliz.

8.6.11

Aqui, os meus 10 filmes preferidos...

Antes que eu seja jogada ao limbo das amigas que não cumprem os 'memes passados, antes que alguma praga que a Juliana me jogou pegue de vez e eu nunca mais, mas nunca mais na minha vida, arrume um ser para esquentar meus pezinhos nas noites frias do inverno que se aproxima, antes que ela espalhe os meus segredos mais obscuros no mercado e eu nunca mais tenha credibilidade para me fazer de má, ou antes mesmo que aconteça comigo o que aconteceu com Kettling do Kansas que ignorou um meme e nunca mais conseguiu fazer seu modem funcionar, eu resolvi responder quais os meus 10 filmes preferidos. Lembrando, obviamente, que tô C&A (leia-se: Cagando e Andando) pro Oscar, para as críticas ou para qualquer pseudo entendedor de cinema. Vou aqui apenas falar dos MEUS filmes preferidos, e por mais toscos que possam ser, de alguma forma, fizeram parte da minha vida, não vem em ordem de importância, nem cronológica, simplesmente na ordem que a minha memória faz acontecer.

Não esperem um mega post, a Juliana fez uma bíblia. Mas eu ando numa crise de inspiração, e cada frase é uma tortura chinesa. Nem de perto tão elaborado e rebuscado como o dela.

Mas aí vai, meu TOP10.


HISTÓRIA SEM FIM. Porque me lembra minha infância, porque eu queria ser a princesa, porque eu queria voar em um cachorro. E mesmo com todas as tosquices se falarmos nos efeitos especiais de hoje em dia, se o SBT anunciar que vai passar no Cinema em Casa, sou capaz de arrumar uma dor de barriga e ficar em casa pra ver, como fazia quando era pequena, no escuro de barriga pra baixo e comendo pipoca.



CURTINDO A VIDA ADOIDADO. Quem aqui nunca se divertiu com o filme que mais passou numa Sessão da Tarde? Quem nunca torceu para poder ter um dia assim? Não preciso nem explicar, não é?




UM SONHO POSSÍVEL. Se não fosse uma história real, eu a consideraria quase inverossímil, mas como é, pode-se dizer que se trata de um bom exemplo de como os seres humanos ainda podem manifestar amor desinteressado – tão desinteressado que chega a levantar suspeitas.


SEXTO SENTIDO. Adoro esse tipo de suspense. Porque me surpreendeu e eu não saquei a moral no meio do filme. E geralmente em filmes do gênero eu passo enlouquecida tentando pegar a moral e desanimo depois que consigo.


O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN. Eu não sou o tipo cult e antenada, mas gosto de filmes franceses, espanhóis e afins. Apesar de ter uns raros que eu não curto. Mas Amélie Poulain me ganhou em uma cena. Quando ela coloca a mão nos sacos de feijão eu me lembro da infância, daquela coisa toda que a gente fazia no mercado público. É um filme de detalhes, de sensibilidade.





A CASA DO LAGO. Porque eu gosto de Romance, e gosto mais ainda quando é um romance incomum. Porque me vi torcendo e chorando a cada desencontro. Porque sou um ser meloso. E mais tem , Sandra Bullock (hã, é assim que se escreve?).


SEVEN – OS SETE CRIMES CAPITAIS. Eu me choquei, eu chorei, eu senti raiva. Eu simplesmente fiquei passada com este filme. E por isto eu adorei. Um filme bom é aquele tipo de filme que te causa sensações, que mexe com você.


P.S EU TE AMO. É lindo, basicamente o filme é isso, lindo. De chorar praticamente todo filme. Um amor daqueles enormes capaz de fazer o marido pensar em como ajudar a esposa a se recuperar. Foi neste filme que me apaixonei por Gerald Butler.


AVATAR. Além do óbvio em se tratando de efeitos especiais, achei maravilhoso. E adorei os “humanos azuis” , as árvores com efeitos coloridos. Não é da lista o meu preferido, mas estaria sendo injusta se não aparecesse por aqui.



A LISTA DE SCHINDLER. O holocausto é um assunto que me atrai. Já li diversos livros e assist a muitos filmes. A Barbárie humana. Que motivos levaram uma nação que foi berço dos maiores filósofos e músicos da história a se render a uma ideologia que pregava o ódio e a intolerância? Como podem as diferenças entre seres humanos tornarem-se desculpas para que atos bárbaros sejam cometidos? O que leva uma pessoa aparentemente normal a matar a sangue-frio um semelhante seu como se fosse um inseto? Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas. É impossível não se emocionar com o poder das imagens. As cenas de mulheres, homens e crianças sendo friamente assassinados com tiros na cabeça são de uma crueza insuportável, mas nunca apelativas ou redundantes. A menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. Uma das cenas que mais me marcaram. ''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro'' foi a frase de efeito usada na campanha de marketing do filme. E ela não deixa de ser verdade, tendo em vista o vasto número de pessoas que estão vivas hoje, entre sobreviventes diretos e seus descendentes, graças à lista do industrial alemão.


Os que mereciam estar na lista e ficaram fora por detalhes:
- Olha quem esta falando. Lembram? Com John Travolta. No inicio do filme uma corrida desemfreada dos espermatozóides para fecundar o óvulo. E a partir daí, podemos acompanhar todos os pensamentos do bebê. Divertidíssimo. As seqüências infelizmente não foram tão boas.
- Os Outros. É um filme que no começo você acha que vai dar sono. No meio você tem certeza que sacou tudo e não consegue desgrudar os olhos da tv e no fim esta simplesmente pasma porque nem imagina o final.
- Uma mente Brilhante. Porque gosto de filmes desta linha. porque você fica intrigado com os mistérios da mente.
- O Menino do Pijama Listrado. Eu li o livro e acabei com aquela sensação ruim. E como a própria Juliana disse, no final do filme você fica com aquele gosto ruim na boca.
- Colecionador de Ossos. Suspense, investigação... Tudo que eu gosto.
- Irreversível. Francês (raríssimo eu gostar de um). Trata-se da história de Alex e Marcus, um casal apaixonado. Depois de uma briga - que acontece numa festa onde também está o ex-marido de Alex, Pierre a lindíssima garota volta para casa sozinha. Num túnel do metrô é atacada e estuprada por um homem enfurecido. Com sede de vingança, Marcus e Pierre procuram o estuprador pelas ruas e numa boate.
- De volta para o Futuro. Gosto de todos, mas nada se compara ao I.
- Uma Linda Mulher. A Julia Roberts pode fazer um filme que passe o tempo todo deitada olhando para o teto, sorrindo. Eu ia ver e ia amar. Não me interessa o que acham o que pensam, adoro aquela mulher. E Uma Linda Mulher preencheu meus sonhos, numa época em que eu acreditava em príncipe encantando, em que eu acreditava que coisas boas aconteciam gratuitamente para as pessoas.
- O caçador de Pipas. Umas das metáforas é o próprio símbolo que dá nome ao livro e ao filme: a pipa. O brinquedo remete Amir aos anos felizes da infância. Com a dominação talibã, após a invasão russa, até essa inocente brincadeira é banida do Afeganistão. E a inocência é banida da vida de Amir. O filme termina com o personagem novamente empinando uma pipa e deixa a sugestão implícita de que o perdão e a paz podem nos fazer sentir leves como um brinquedo de papel voando no céu. A redenção está ao alcance de todos. Basta querer.
- Amor além da Vida. Porque tem muito do que eu acredito durante o filme todo.
-Quase Deuses. É um achado! Daqueles filmes que você vai locar porque não tem muitas opções inéditas ou porque um atendente lhe indicou e não se arrependerá. Alfred Blalock e Vivien Thomas foram médicos pioneiros em operações cardíacas, numa época em que todos os cirurgiões renomados seguiam uma lei de nunca tocar no coração humano e que negros (como Vivien) sofriam muito com o racismo. A trama aborda desde o início do relacionamento de amizade entre eles até o final de suas vidas.
- Efeito Borboleta, O Segredo da Libélula, O Operário. Um diferente do outro, mas mais ou menos iguais no “tema”.
- O amigo Oculto. Com Dakota Fanning. Mais de Suspense, que me prende até o final. No DVD vem outras opções de final que foram gravados, e eu gostaria do filme com qualquer um deles.