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Mostrar com reticências, e não com ponto final
Pode até ser confuso, mas gosto assim. Os sentidos ficam aplicados de um modo caótico e ao mesmo tempo tão belo...
"Eu tenho delírios de paixão, nem meu espelho reconhece." [Cazuza]
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Pode até ser confuso, mas gosto assim. Os sentidos ficam aplicados de um modo caótico e ao mesmo tempo tão belo...
Como quando você é criança, senta no banco de trás do carro e mesmo parado, consegue cortar a estrada a mais de 100km por hora. Sem notar que ela também te corta, na mesma proporção em que você acelera ou freia - mesmo sendo apenas um passageiro do banco de trás e sequer poder opiniar na música do rádio.
Mas ela também te corta, e esse eterno diálogo em sentidos contrários causa a impressão de que você realmente pode chegar a algum lugar, por mais controverso ou distante que isso possa parecer.
Como quando você é criança e fica horas contemplando a paisagem pela janela do automóvel - paisagem essa que os teus olhos infantis ainda classificam como passiva, e que podem jurar estar o tempo todo parada - até o dia em que você é apresentado aos malditos referenciais e passa a perceber que elas também corriam. E que, dependendo, parado estava você, com os cabelos bagunçados e os olhos cheios de certezas contidas.
(metáforas de uns dias ruins)
Eu mordi a minha língua. Todo mundo morde a língua vezenquando, eu sei. Mas, olha só, eu dei uma mordida tão forte na minha língua que não sei como não arranquei um pedaço. Foi a mordida na língua mais forte de toda a história das mordidas na língua em todo o mundo.